As famílias com crédito habitação têm-se visto a par com graves apertos financeiros, já que o aumento das taxas de juro e a inflação galopante têm levado ao aumento das prestações para quem tem contratos com taxa variável. No entanto, apesar de ser uma realidade que a qualquer momento poderá aligeirar, existem muitos outros fatores socioeconómicos que causam desconforto nos orçamentos familiares.

Todos os dias surgem novas notícias acerca dos aumentos nos combustíveis, aumento nos cabazes alimentares, oscilações que fazem andar às voltas os orçamentos mensais de quem assume responsabilidades financeiras, como o pagamento da prestação da casa e faturas energéticas. 

Assim, para que possa fazer face às subidas, e preparar-se contra os agravamentos, prepamos-lhe três conselhos que poderá aplicar na gestão do seu orçamento familiar.

Contacte o seu banco

Em vigor está a medida da Bonificação dos juros nos créditos habitação, para créditos celebrados até ao dia 15 de março de 2023, de valor inicial até ao limite de 250 mil euros. Isto consiste num apoio mensal, cuja atribuição se baseia na diferença entre os juros da prestação do crédito e os juros da prestação da casa no momento da contratualização do contrato, acrescidos da taxa de esforço, em 3%. Apesar de ser temporária, esta medida poderá significar um  alívio mensal para si e para as suas finanças. Assim, procure a sua instituição financeira e peça este apoio.

Se não for elegível ao apoio, contactar o seu banco não deixa de ser um conselho válido e importante, já que poderá propor uma renegociação do crédito. É extremamente importante que, caso não consiga pagar o valor da prestação, fale com um responsável de crédito e exponha a sua situação, pois serão apresentadas soluções, dependendo dos indexantes, spread, amortização do capital na última prestação ou dos seguros de vida e multirriscos que tem associados ao seu crédito, e que poderão fazer toda a diferença nas contas finais.

Seja consciente de todos os seus gastos habituais e extraordinários

Para uma gestão consciente do seu orçamento, sobretudo numa situação de maior aperto, é fundamental que conheça todos os destinos do seu dinheiro. Saber exatamente onde é gasto, caso se trate de dinheiro que pertença a um casal, e perceber que gastos podem ser evitados ao longo do mês, de modo a poupar o seu dinheiro em prol das contas mais altas do período em que se encontra. Estabeleça um limite de gastos e aponte aqueles que efetuou, de modo a fazer o acompanhamento mensal das suas contas.

Além disso, adote práticas de poupança, colocando de parte, todos os meses, uma quantia, mesmo que módica. Isto fará toda a diferença, sobretudo a longo prazo, pois ficará com mais dinheiro de parte, em caso de emergência, preparando-se para eventuais oscilações da prestação ou imprevistos que possam surgir. 

Amortize crédito para reduzir juros

Na eventualidade de ter algum dinheiro de parte, o mais indicado é ponderar uma amortização do crédito para passar a pagar menos juros, o que pode ajudar a reduzir o peso da prestação no seu orçamento, e a liquidá-lo mais rápido também. No entanto, fale com o seu banco, avalie as suas possibilidades e faça a gestão dos seus orçamentos, confirmando todas as suas possibilidades antes de as implementar. 

Fonte: Supercasa