Menos casas são vendidas apesar do abrandamento dos preços Este é já o terceiro trimestre consecutivo em que se verifica uma redução na transação de imóveis, apesar da quebra no ritmo de crescimento dos preços. 26 jun 2023 min de leitura Novos dados do INE, divulgados na passada-quinta feira dia 22 de junho, revelam um abrandamento no mercado imobiliário. Isto porque, apesar de no primeiro trimestre de 2023 se ter registado uma subida de 8,7% nos preços, esta é uma desaceleração face ao trimestre homólogo, sendo que a venda de imóveis está a sofrer uma quebra desde há três trimestres consecutivos. O ritmo de crescimento verificado nos primeiros três meses do ano foi inferior ao do período homólogo, ficando 2,6 pontos percentuais abaixo do valor do trimestre anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, que concluiu: "neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7% superior às das habitações novas (5,7%)". Assim, entre janeiro e março de 2023 houve também uma redução no número de imóveis vendidos, visto ter havido uma quebra de 20,8% face ao primeiro trimestre do ano passado, além de uma redução em cadeia de 10,5% – tendo sido vendidos apenas 34.493 habitações em 2023. O INE explica: "Do total das transações, 6.970 respeitaram a habitações novas, traduzindo-se numa redução de 8,3% relativamente ao primeiro trimestre de 2022", e acrescenta que "as vendas de habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8% do total), tendo atingido 27.523 unidades, valor inferior em 23,4% face ao registo do mesmo período de 2022". Área Metropolitana de Lisboa e Região Norte continuam a liderar Ainda no período que diz respeito ao primeiro trimestre 2023, e de acordo com os dados estatísticos apurados, a Área Metropolitana de Lisboa está à frente no total de imóveis transacionados, concentrando 40,6% do valor total. Em segundo do lugar está a Região Norte, com 23,5% deste total. No entanto, nas duas regiões o valor das transações é o mais baixo registado nos últimos dois anos, tendo sido de aproximadamente 2,8 milhões e 1,6 milhões de euros, respetivamente. Ainda acerca das transações, mas no que diz respeito às regiões do Algarve e do Centro, o INE sublinha: "O valor das transações dos alojamentos localizados no Algarve fixou-se em 947 milhões de euros, correspondendo a uma quota relativa de 13,8%. No Centro, as transações de alojamentos totalizaram 938 milhões de euros, 13,7% do total, 1,2 pontos percentuais acima do peso relativo observado em período idêntico de 2022". Por outro lado, no Alentejo, o total das habitações transacionadas representou 294 milhões de euros, ou seja, 4,3% do total, enquanto que nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira este valor ultrapassou os 87 milhões de euros e 195 milhões de euros, respetivamente. Nas duas regiões, os valores totais das transações representaram, pela mesma ordem, 1,3% e 2,8%. Fonte: Supercasa. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado