Novos dados do INE, divulgados na passada-quinta feira dia 22 de junho, revelam um abrandamento no mercado imobiliário. Isto porque, apesar de no primeiro trimestre de 2023 se ter registado uma subida de 8,7% nos preços, esta é uma desaceleração face ao trimestre homólogo, sendo que a venda de imóveis está a sofrer uma quebra desde há três trimestres consecutivos. 

O ritmo de crescimento verificado nos primeiros três meses do ano foi inferior ao do período homólogo, ficando 2,6 pontos percentuais abaixo do valor do trimestre anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, que concluiu: "neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7% superior às das habitações novas (5,7%)".

Assim, entre janeiro e março de 2023 houve também uma redução no número de imóveis vendidos, visto ter havido uma quebra de 20,8% face ao primeiro trimestre do ano passado, além de uma redução em cadeia de 10,5% – tendo sido vendidos apenas 34.493 habitações em 2023.

O INE explica: "Do total das transações, 6.970 respeitaram a habitações novas, traduzindo-se numa redução de 8,3% relativamente ao primeiro trimestre de 2022", e acrescenta que "as vendas de habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8% do total), tendo atingido 27.523 unidades, valor inferior em 23,4% face ao registo do mesmo período de 2022".

Área Metropolitana de Lisboa e Região Norte continuam a liderar
Ainda no período que diz respeito ao primeiro trimestre 2023, e de acordo com os dados estatísticos apurados, a Área Metropolitana de Lisboa está à frente no total de imóveis transacionados, concentrando 40,6% do valor total. Em segundo do lugar está a Região Norte, com 23,5% deste total. No entanto, nas duas regiões o valor das transações é o mais baixo registado nos últimos dois anos, tendo sido de aproximadamente 2,8 milhões e 1,6 milhões de euros, respetivamente. 

Ainda acerca das transações, mas no que diz respeito às regiões do Algarve e do Centro, o INE sublinha: "O valor das transações dos alojamentos localizados no Algarve fixou-se em 947 milhões de euros, correspondendo a uma quota relativa de 13,8%. No Centro, as transações de alojamentos totalizaram 938 milhões de euros, 13,7% do total, 1,2 pontos percentuais acima do peso relativo observado em período idêntico de 2022".

Por outro lado, no Alentejo, o total das habitações transacionadas representou 294 milhões de euros, ou seja, 4,3% do total, enquanto que nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira este valor ultrapassou os 87 milhões de euros e 195 milhões de euros, respetivamente. Nas duas regiões, os valores totais das transações representaram, pela mesma ordem, 1,3% e 2,8%. 

Fonte: Supercasa.