Já é do conhecimento comum, a dificuldade que os jovens têm atualmente em comprar casa, algo que, segundo o estudo da Fundação Calouste Gulbenkian publicado há dois anos, resulta do aumento na dificuldade em aceder a habitação própria em Portugal, com a subida dos valores a afetarem 73% das famílias em Portugal, no ano de 2011. Mas, este cenário continua a ser igualmente atual, mantendo-se a subida dos preços das casas e também a alteração das preferências pessoais, uma vez que, as pessoas acabam por estudar até mais tarde, escolher viajar, definem outras prioridades, tudo fatores que acabam por ter peso na capacidade financeira demonstrada por parte de quem procura casa própria.
O Banco de Portugal confirma esta tendência, ao divulgar o registo do volume de concessões de novos créditos à habitação que, para os jovens até aos 35, anos fica, apenas, nos 10%. Esta é uma proporção bastante baixa, mas que se explica pelo aumento dos preços das casas, aliado aos baixos salários praticado e que já não chegam para fazer face às despesas totais. 

Uma das consequências desta realidade, é a saída dos jovens para o estrangeiro, empurrados pela dificuldade em encontrar casa própria. No entanto, também se verifica uma tendência para grande parte dos jovens acabar por se resignar e continuar a residir em casa dos pais, algo que tem vindo a ser recorrente em Portugal, tendo sido já confirmado como o país da União Europeia onde os jovens saem mais tarde de casa dos pais - em média, aos 33,6 anos de idade. 

Fonte: Supercasa.