A inflação tem feito os seus estragos, não só nas idas ao supermercado e nas contas da energia, mas nas prestações mensais do empréstimo habitação. As taxas de juro variáveis apresentam uma tendência de aumento e o Banco Central Europeu (BCE) já alertou para esta possibilidade relativamente às taxas de juro. Assim, convém aos proprietários fazerem uma cuidada gestão dos seus orçamentos familiares, de modo a que não corram riscos no que respeita aos limites das finanças.

Para este efeito, reunimos uma lista de conselhos que o podem ajudar neste momento de adversidade económica, de modo a que consiga aliviar os seus apertos económicos e a fazer face a imprevistos que possam ocorrer.

1. Elabore o seu orçamento familiar
Este pode parecer um conselho absurdo, mas a verdade é que são muitas as famílias e casais que não fazem o planeamento das suas despesas. Esta falta de cuidado com as finanças pode levar a um descontrolo sobre aquilo que tem de manter assegurado, como a prestação da casa e as restantes despesas, deixando pouco espaço para gastos do dia a dia.

O nosso conselho é fazer uma lista de todas essas despesas e estabelecer um orçamento, de acordo com os seus rendimentos, para ter a certeza de que consegue fazer face a todos os encargos. Pode também contactar a sua instituição de crédito sempre que sinta dificuldades em cumprir os pagamentos da prestação, para que negoceiem esses valores e permitir antever dificuldades que possam resultar do aumento das taxas.

2. Contacte o seu banco
Como foi mencionado na sugestão anterior, contactar a sua instituição de crédito é sempre uma forte recomendação em momentos de maior aperto económico, mas sobretudo se a sua taxa de esforço ultrapassar os 35%. Não se esqueça que não só a taxa de esforço pode ser renegociada, como também o spread, se for bastante elevado, e que deverá verificar no seu contrato.  

Antes de efetuar esta renegociação, calcule a taxa de esforço, fazendo o total das prestações a dividir pelo seu rendimento mensal líquido vezes cem.

3. Elabore uma pesquisa de mercado
É importante ter uma noção dos valores praticados. Salvaguarde as suas finanças e peça informações relativas ao TAEG (Taxa Anual Efetiva Global), à FINE (Ficha de Informação Normalizada) e ao MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) e faça comparações entre bancos.

4. Equacione as suas opções
No caso de lhe parecer existir uma proposta mais vantajosa noutra instituição financeira, pode sempre transferir o seu crédito habitação para outro banco, no entanto, pondere esta decisão tendo em mente os custos associados, uma vez que, até ao final de 2023, terá acesso à isenção do pagamento de amortização, mas podem existir outros custos que podem não compensar essa mudança.

Não deixe para amanhã o planeamento das suas despesas e organize o seu orçamento familiar, aproveitando o início deste novo ano para uma mudança positiva no balanço das suas contas mensais.

Fonte: SuperCasa