As concessões de novos créditos habitação demonstram ser cada vez mais difíceis, uma vez que tem diminuído a capacidade financeira das famílias. Isto tem levado a um fenómeno de vários pedidos de renegociação dos créditos, com o objetivo de se baixarem as prestações ou aliviar o spread, no entanto, são também cada vez mais os bancos a dificultar o processo. 

As taxas de juro têm subido de forma alucinante, quer as variáveis, quer as fixas, e o Banco de Portugal anunciou regras apertadas que limitam a capacidade de se concederem novos empréstimos. Isto tem gerado, sobretudo, uma dificuldade em aceder a propostas mais suportáveis, especificamente a mudança do crédito para outros bancos, o que é considerado como novo crédito mesmo que o montante se mantenha igual. 

Os bancos, por sua vez, admitem que podem vir a subir os spreads mínimos nos empréstimos habitação de maior risco, o que impõe variáveis cada vez mais complicadas para quem se encontra em situação vulnerável, e o Banco de Portugal já admitiu, segundo o Inquérito sobre o Mercado de Crédito realizado em janeiro, que no último trimestre de 2022 os bancos coloram em vigor critérios "ligeiramente mais restritivos no crédito à habitação". 

Fonte: Supercasa.