Estamos no auge do verão, num momento de grande calor, o que tem levado a que cada vez mais portugueses olhem para as piscinas como uma forma de refúgio. É um fenómeno que se tem verificado na procura de piscinas, e especula-se que este aumento se deve à subida das temperaturas, apesar dos profissionais da área terem descartado essa possibilidade. Ter uma casa com piscina já não é algo que a apenas as pessoas com mais capacidade financeira têm acesso, o que revela um aumento do poder de compra dos portugueses.

Mesmo com uma ameaça de seca os consumidores portugueses continuam a preferir adquirir casa com piscina e, considerando que não existem requisitos de segurança ou de eficiência da gestão de água que os mesmos devam seguir, existe assim um vazio legal associado às piscinas.

Segundo Filipa Santos, presidente da Associação Portuguesa de Profissionais de Piscinas (APP), as alterações climáticas, “especialmente as ondas de calor, certamente, poderão ter alguma influência na decisão do consumidor”, sendo que a APP ainda estima que existam cerca de 240 mil piscinas em Portugal.

Verifica-se uma tendência nas populações mais afetadas pela seca em recorrer às piscinas, como forma de “refrescar e obter níveis de conforto que não conseguiriam obter noutras circunstâncias”, adiciona a presidente da APP. Trata-se de um mercado mais reconhecido pela sua sazonalidade, e com maior procura nos meses da primavera e do verão. Verifica-se também que há mais construção e instalação de piscinas nos meses de abril e maio, enquanto que a procura dos equipamentos é maior nos meses de junho e julho.

E elevada a procura por piscinas

Segundo a APP, o aumento da procura é “algo natural neste mercado”, onde também vem a descrever o critério de compra destas piscinas, que podem ser adquiridas em grandes superfícies e são de rápida e fácil instalação, sendo ideais para quem procura adquirir uma piscina, mas que possuí um orçamento mais reduzido.

Segundo empresas que atuam no mercado das piscinas, quem “quem faz uma casa faz uma piscina”, podendo fazer um investimento num equipamento mais sofisticado e de maiores dimensões, “por 10 a 15 mil euros”.

No entanto, onde antes havia maior procura por piscinas e equipamentos com estruturas entre os 20 e os 30 metros, alterou-se para soluções mais económicas e de mais fácil manutenção, podendo ser entre os 6 e os 10 metros, e com um custo mensal de 30€ a 40€ por mês para manutenção. Segundo profissionais da área, “dá menos trabalho e encargos na manutenção de uma piscina do que a manutenção de um jardim”.

O efeito da pandemia no mercado das piscinas

Segundo uma estimativa da APP, existem cerca de 240 mil piscinas espalhadas em Portugal, o que praticamente dobra os números pré-pandémicos. Vários profissionais da área acreditam que este aumento da procura de piscinas advém da necessidade de superar os constrangimentos impostos durante a Covid-19, especialmente em famílias com crianças, de forma a afastá-las das consolas e dos computadores.

Fonte: Supercasa.