Banco de Portugal alerta para conjuntura económica vulnerável Relatório de Estabilidade Financeira dá indicação de uma maior restrição nos critérios de concessão do créditos à habitação. 02 dez 2022 min de leitura Foi na passada quarta-feira que foi divulgado o comunicado do Banco de Portugal com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do corrente mês, no qual é possível analisar a apreciação de medidas que podem pesar nos orçamentos familiares. Este relatório apresenta um sumário daquele que é o atual cenário económico, caracterizado pela crescente inflação e aumento consequente das taxas de juro. Desenha-se, assim, uma conjuntura vulnerável, em que os preços elevados dos bens de consumo energéticos e alimentares representam uma fonte de pressão para famílias e empresas. Dada esta situação, foi apresentada a proposta de alteração nos critérios de concessão dos créditos habitação, que podem passar a incluir as faturas energéticas. Laginha de Sousa, administrador do Banco de Portugal, afirma que "não haverá, para já, nenhuma recomendação", mas admite que este ainda é um plano que está a ser redigido sobre "uma matéria que tem de ser tida em conta". De acordo com o relatório apresentado, devido aos critérios de concessão, é mais restritivo pedir um crédito habitação mas, ainda assim, regista-se uma aceleração nas concessões de crédito, que terão ascendido a 3,7% em setembro do presente ano. No entanto, no terceiro trimestre de 2022, registou-se uma diminuição acentuada na procura deste tipo de créditos, devido à falta de perspetivas de mercado e à crescente falta de confiança dos consumidores. Por sua vez, o setor do alojamento e da restauração, também registou uma diminuição no número de empréstimos concedidos, com uma taxa de variação anual de -5,2%. De acordo com o REF, o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, realizado no mês de outubro, faz uma previsão de maior restrição dos critérios de concessão de créditos a sociedades não financeiras (SNF) no último trimestre do ano. Este registo poderá levar a uma diminuição dos pedidos de crédito por parte das SNF e de empréstimos de longo prazo por grandes empresas. Por outro lado, poderá coexistir um aumento da procura por créditos de curto prazo. Fonte: Supercasa. Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado